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2 de out. de 2010

Você dá valor demais ao que os outros pensam?

GISELA RAO



Colaboração para o UOL


Getty Images






Muita gente faz o que não quer só para agradar e se sentir aceito


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Se você respondeu sim a este título, saiba que não está só. Aliás, raro é achar alguém que responda um belo e redondo “não!” (sendo absolutamente sincero, é claro). Se você quiser de cara uma explicação para isso, o psiquiatra Roberto Shinyashiki mostra um caminho: “Fazemos isso porque a solidão é apavorante para a maioria das pessoas. O ser humano precisa se sentir importante e, por isso, a opinião dos outros vira referência do quanto é amado. A partir daí, infelizmente, muita gente faz o que não quer só para agradar e se sentir aceito”.


Aline Sampaio, 24 anos, blogueira, que o diga: “Eu queria muito não me importar com que os outros acham. Mas, às vezes, penso antes das pessoas o que elas vão pensar de mim. Vivo me policiando para não fazer as coisas por causa do julgamento delas. Há dias que isso me dá muita ‘deprê’”, afirma.


Você liga para a opinião alheia? Faça o teste aqui


A vendedora R.G.C., 35 anos, conta que também sofre com o pensamento alheio: “Outro dia cheguei a ficar uma noite sem dormir porque soube que os colegas de trabalho do meu marido tiveram uma péssima impressão de mim. Eles me acharam mal humorada, com cara de má. Acho que de tanto me preocupar com o que vão achar acabo estragando tudo mesmo.”


Para a psicoterapeuta e sexóloga, Regina Navarro Lins, de uma maneira geral, as pessoas são educadas para se enquadrar em modelos de comportamento determinados pelo âmbito social. Esses modelos variam de acordo com a época e o lugar. Nos anos 1950, por exemplo, era difícil um homem aceitar se casar com uma moça que não fosse virgem. “Mas vivemos agora um momento muito interessante. Os padrões tradicionais de comportamento não dão mais respostas e, com isso, se abre um espaço para que cada um escolha sua forma de viver. É claro que nem todos conseguem romper com os valores morais que tanto aprisionam, mas estamos caminhando para isso”, acredita Regina.


Relatos de quem mudou


“Meu pai sempre disse que eu era distraída demais para guiar, e eu acabei acreditando. Precisou um grande amigo me obrigar a entrar na autoescola, quando eu tinha 28 anos, para tirar carta. E consegui! Imagina se não fui correndo contar para certa pessoa.”


Gisele Jung, professora de ioga


“Eu adoro gatos e meu marido não curte, acha que são traiçoeiros. Mesmo assim, adotei dois! Gatos são um bom exemplo de bichos que não estão nem aí para os outros. Eles não esperam o julgamento de ninguém. Fazem aquela cara de ‘blasé’ e tchau! Devem ser bem mais felizes do que os cães.”


Rita Cameron, arquiteta


“No início do namoro, eu implicava com uma calça do meu namorado – meio ‘Fernandinho Beira-Mar’ - por vergonha do que iriam pensar. De tanto eu implicar com a calça, ele nunca mais usou. Aí percebi que fiz besteira e pedi para ele vestir novamente. Ele, claro, me chamou de doida.”


R.P.S., gerente de RH


Seis conselhos de especialistas para viver sua própria vida


Mensagem da Monja Coen





"Somos seres gregários, gostamos de pertencer a este ou aquele grupo, tribo. Os outros são aspectos de nós mesmos. Pergunta: somos capazes de convencê-los de nossos propósitos, meios de vida? Isso nos valida a nós mesmos. Há, claro, quem dê muita importância e quem diga não dar nenhuma importância - extremos pouco confiáveis. Precisamos uns dos outros, outros estes que nos confirmam ou desconfirmam."


Ela é missionária oficial da tradição Soto Shu - Zen-budismo


“O maior reconhecimento tem de vir de si próprio porque aí você vira um servo da sua alma e da sua vocação, e não da opinião de terceiros.”


Roberto Shinyashiki, psiquiatra


“O prejuízo de viver dentro de modelos é que todos se tornam parecidos e as singularidades de cada um desaparecem. Para se viver de forma satisfatória, o mais possível em sintonia com os próprios desejos, as pessoas devem ter coragem. A preocupação com o que os outros pensam é a forma mais fácil de ter uma vida limitada e medíocre.”


Regina Navarro Lins, sexóloga


“A pessoa segura de si não precisa inferir o próprio valor das atitudes dos outros. A segurança parte de um mundo interno bem estabelecido. Isso parte de dentro, e não de fora.”


André Camargo Costa, mestre em psicologia pela USP


“Incorpore este mantra na sua vida: “Nada nem ninguém tem poder sobre mim!”


Luiz Gasparetto, psicólogo


“Tente evitar qualquer informação sobre sua vida que provoque a mediocridade dos outros. Mentes brilhantes jamais têm inveja, jamais falam mal dos outros e jamais concordam em diminuir as qualidades de quem contribui para fazer o mundo caminhar. Portanto, tenho dito: se você conhece alguém que gosta de falar mal da vida alheia, cuidado: a vida dele deve ser um circo de horrores. Fuja!”


Joyce Cavalccante, autora de “Inimigas Íntimas”


“Já que você não pode mandar o outro para aquele lugar, aportuguesamos uma palavra italiana que significa: ‘Não tô nem aí!’. Portanto, se alguém vier com julgamentos para o seu lado, grite: ‘Menefreguei!!!’”


Blog Vigilantes da Autoestima


fonte: http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/08/13/voce-da-valor-demais-ao-que-os-outros-pensam.jhtm


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