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2 de out. de 2010

PROBLEMAS DE DESEMPENHO NA ESCOLA E PROBLEMAS VISUAIS”

Calcula-se que de 10 a 20% da população escolar apresente algum tipo de distúrbio visual. Na idade escolar os problemas mais freqüentes são: ambliopia, distúrbios de convergência e de divergência. A ambliopia é uma diferença de visão entre um olho e outro. Suas causas podem ser: estrabismo(olho torto), desenvolvimento neurosensorial desigual, catarata (opacidade do cristalino), por ptose(um olho mais fechado que o outro), refrativa (diferença de grau entre um olho e outro ou detecção tardia de necessidade de uso de óculos) e outras causas. Em todos estes casos, a detecção e o tratamento precoces são primordiais para que ocorra a recuperação total do olho afetado.







Por que tratar?






Justificativas: A importância da visão na educação e socialização da criança. A alta freqüência de problemas oculares na infância. Direcionamento de recursos para prevenção ou cura da grande maioria dos problemas oculares. Grandes prejuízos para a educação e para a visão, caso não sejam tomadas medidas preventivas. Importância Social: Como a sociedade atual está se tornando cada vez mais mecanizada, computadorizada, é exigido um maior desempenho funcional, em especial, dos nossos olhos, portanto, qualquer que seja o distúrbio visual apresentado, afeta diretamente nosso desempenho, seja ele no aprendizado ou na vida profissional ou na vida pessoal. O sentido da visão é tão importante atualmente, que nos exames admissionais da maioria das empresas ele é aplicado com rigor, exigindo avaliação não só da acuidade visual como de percepção de cores e profundidade.






Fatores influenciadores e métodos de tratamento: Idade: a ambliopia tem idade para ser tratada, o tratamento funciona bem até os 10/11 anos e é feito com o uso de oclusão do olho bom; a precocidade na detecção é muito importante. Quanto aos distúrbios de convergência e divergência, podem ser tratados em qualquer idade e são divididos em 2 grupos: os latentes e os manifestos. Os latentes são detectados pela presença de sintomas, tais como: Dor de cabeça, dor ocular, embaçamento, embaralhamento, sonolência, diplopia, dificuldade em julgar distâncias, enjôo e/ou tontura ao querer acompanhar a paisagem quando se está em movimento, lacrimejamento, hiperemia, queixa de mau desempenho na escola, dispersão na leitura ou em qualquer outro trabalho que exija esforço visual.






Nestes casos são aplicados exercícios ortópticos, que têm a função de recuperar o alinhamento ocular normal, que resulta em conforto visual que conseqüentemente elimina a sintomatologia. Os exercícios são habitualmente ensinados para se fazer em casa. Os manifestos são aqueles que todos nós percebemos a olho nu; ou seja fulano tem o olho torto para dentro, para fora, um é mais alto ou mais baixo. Nestes casos infelizmente a maior freqüência é de ambliopia associada e esta deve ter prioridade no tratamento; em alguns casos, com o tratamento da ambliopia o estrabismo regride; em outros casos há necessidade de se associar oclusão parcial ou exercícios e uso de óculos e em alguns casos há a necessidade de cirurgia para a correção do estrabismo.






Tempo de tratamento: a ambliopia depende da idade e da gravidade do caso; quanto menos amblíope e mais jovem, menos tempo; os estrabismos manifestos, podem ir até os 11/12 anos; os latentes aproximadamente 1 ano.






Importante ressaltar que a disciplina no tratamento é que traz os bons resultados. O apoio da família, dos amigos, dos colegas de escola é fundamental para que o paciente não se sinta discriminado, nem rejeitado. E finalmente, que se pode levar uma criança a consultar o oftalmologista a partir de 1 ano de idade, anualmente, de forma preventiva, caso não haja nada visível a olho nu; senão, deve ser levado o mais rápido possível. Nos escolares, prestar atenção às queixas vindas da escola e as que a própria criança faz e relatar isto ao oftalmologista para que ele consiga identificar o problema com mais clareza e indique o tratamento mais apropriado.






























Referencias bibliográficas:






Noorden, G.K.von: Binocular vision and Ocular motility. St. Louis: C.V.Mosby, 1990














Pratt-Johnson, John a.: Management of strabismus and amblyopia: a practical Guide. Thieme Medical Publishers, Inc., 1994














Scheiman, Mitchell: Clinical management of binocular vision: heterophoric, accommodative and eye movement disorders. J.B.Lippincott Company, 1994


















































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