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4 de set. de 2011

AVC faz mais de cem vítimas por dia em SP

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde indica que, em média, 106 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos de São Paulo com AVC (acidente vascular cerebral) ou AVE (acidente vascular encefálico).



Em 2010, houve 38,9 mil internações por AVC no SUS (Sistema Único de Saúde), número maior do que as 36,1 mil registradas no ano anterior.


Os pacientes com mais de 70 anos são os mais acometidos pela doença no Estado, com 15,9 mil internações no ano passado. A segunda faixa etária com mais hospitalizações é a de 50 a 59 anos, com 7.300 registros. Já as pessoas entre 30 e 49 anos responderam por 5.500 internações em 2010.


Segundo Reinaldo Teixeira Ribeiro, neurologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) "Dr. Luiz Roberto Barradas Barata", em Heliópolis, zona sul da cidade, as principais causas para a ocorrência de derrames são: hipertensão arterial sistêmica (conhecida popularmente como pressão alta); diabetes mellitus (níveis altos de açúcar no sangue); dislipidemias (colesterol e triglicerídeos altos); tabagismo; obesidade; sedentarismo e estresse.


O especialista ainda ressalta que os principais fatores de risco, que costumavam aparecer apenas em pessoas acima de 40 anos, estão se manifestando cada vez mais cedo. "O estilo de vida urbano atual favorece com que as pessoas sejam estressadas, sedentárias, consumam alimentos ricos em gorduras, fiquem acima do peso e desenvolvam pressão alta e diabetes antes do que acontecia antigamente", afirma Ribeiro.


Para o neurologista, um estilo de vida mais saudável com a redução do estresse, prática regular de atividades físicas e alimentação balanceada podem evitar com que fatores de risco como a pressão alta e o diabetes apareçam.


O médico diz ser importante também que a população saiba reconhecer os sinais da doença para que haja socorro imediato, fator que favorece o tratamento.


"Deve-se suspeitar que a pessoa esteja sofrendo um acidente vascular cerebral ou encefálico quando, de repente, ela fique com a boca torta para um lado; com um braço e ou um perna dormentes, pesados, difíceis de levantar, e dificuldade para falar", informa Ribeiro.






fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/969539-avc-faz-mais-de-cem-vitimas-por-dia-em-sp.shtml

Bullyng não é brincadeira

Aluno do ensino básico apanha na escola e é obrigado a pagar o lanche de colega diariamente; mulher recebe ligações anônimas com insinuações sobre o comportamento do marido; garota tem sua reputação comprometida por boato espalhado na rede social. Os três são personagens de histórias que chegam ao nosso conhecimento no dia a dia e têm em comum o fato de serem vítimas de bullying, fenômeno social que acontece em todos os países e classes sociais, indistintamente.







O bullying tomou tal proporção que passou a exigir iniciativas dos órgãos públicos. Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma cartilha com dicas para combater obullying, fenômeno social mundial que acontece principalmente nas escolas e nas redes sociais.






Só que o fenômeno, ao contrário do que muitos pensam, não é recente. Na avaliação da dra. Ivete Gianfaldoni Gattás, psiquiatra da infância e adolescência e coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência (Upia), do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, os bullies, ou valentões, sempre existiram. “O aumento da notícia dos atos chamados bullying se deve à maior abrangência e rapidez dos meios de comunicação, bem como ao aumento populacional e à contenção social mais frouxa.” [Image] A definição de bullying (em português, “intimidação”) é a de ato de violência física ou psicológica, intencional, repetido, praticado por um indivíduo (bully = valentão) ou por um grupo de indivíduos, com o objetivo de intimidar, agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz de se defender. “Obullying se caracteriza basicamente pela combinação intimidação/humilhação”, explica a especialista. “A diferença entre o bullying e a agressão comum se dá no fato de não envolver necessariamente a violência física, pela repetição do ato, pela impossibilidade de defesa do intimidado e de haver crença na força do silêncio da vítima.”






Ela explica que o bullying não se restringe somente ao ambiente escolar ou de trabalho, está na internet e em todas as redes sociais, em casa, na vizinhança, etc. “A escola é o ambiente social prioritário de crianças e jovens, e é por isso que o bullying ocorre com alguma frequência nela, pode ocorrer tanto na forma aluno-aluno como na professor-aluno, e de várias formas, como colocação de apelidos, roubo de dinheiro ou lanche contumaz, agressão física etc. E ocorre mais frequentemente em áreas escolares de supervisão adulta mínima ou inexistente. Com relação ao bullying professor-aluno, mais comumente se dá pela humilhação e pela parcialidade nas correções de tarefas ou provas.”






Outra forma bastante comum nos dias de hoje é o ciberbullying, que ocorre no espaço virtual, sem identificação do agressor. As formas mais comuns de intimidação acontecem por meio de insultos e xingamentos, fofocas, roubo de senhas, envio de fotos embaraçosas e compartilhamento de informações particulares. Já no ambiente de trabalho, normalmente se dá por intimidação regular e persistente, muitas vezes aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização.






O combate ao bullying pode se dar de várias formas: a primeira delas é encorajar a vítima a não se calar, pois esta é a principal arma do intimidador. Nas escolas, em especial, deve ser adotada tolerância zero ao bullying, com orientação constante a alunos, professores e pais. “Os pais das crianças vítimas debullying devem acolhê-las e protegê-las, usando a lei para que providências possam ser tomadas (por exemplo, o ECA, Lei nº. 8.069/90, que prevê aos jovens infratores a aplicação de medidas socioeducativas proporcionais ao ato praticado). Além disso, devem tratar os possíveis desfechos, como sintomas de ansiedade, depressão e recusa escolar, com a ajuda de um profissional”, diz a dra. Ivete.






Já nas empresas, devem ser adotados programas de esclarecimento e proteção às vitimas de bullying, além de programas constantes de aprimoramento do relacionamento profissional. “Os dirigentes das empresas devem, primeiramente, dar um bom exemplo no relacionamento com seus subordinados”, finaliza a psiquiatra.


fonte:http://www.spdm.org.br/site/images/stories/boletins/spdm_12_2011.htm#10