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31 de jan. de 2012

Síndrome de Sensibilidade Escotópica (SEE), Sídrome de Irlen ou Dislexia de Leitura.


São 3 textos. Peço gentilmente que leiam todos os 3 com atenção.


Atualização: fiz o curso para Screener de Sindrome de Irlen no Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, referência no problema aqui no Brasil. Quem necessitar de uma Avaliação de Irlen e é morador em Santos e região, São Caetano ou São Paulo capital, favor me contatar pelo email que encontra-se em: http://cristinagiannellaortoptista.blogspot.com.br/p/biografia.html

De forma simplificada, a Síndrome de Irlen se manifesta da seguinte forma:

grafico




TEXTO 1:
A visão é responsável por 85% de tudo que percebemos no mundo. Aprender novas habilidades está intrinsecamente ligado a forma como vemos, percebemos e codificamos os estímulos que chegam aos nossos olhos. Uma vez que estes estímulos apresentam algumas distorções, passamos a operar com dificuldade e desconforto.

É um tipo específico de distúrbio do processamento perceptual, sendo apenas uma peça do quebra - cabeças, uma entre as várias dificuldades que algumas pessoas sentem, entre elas a Dislexia.

A Síndrome de Irlen é uma distorção na percepção visual. Foi descoberta por Helen Irlen em 1987 nos EUA. No Brasil tem sido difundida pela Fundação Hospital dos Olhos Doutor Ricardo Guimarães(Belo Horizonte) que contam com profissionais da área da educação e da saúde.

Um tipo específico de distúrbio do processamento perceptual, que é chamado Síndrome de Sensibilidade Escotópica (SEE), Sídrome de Irlen ou Dislexia de Leitura.

Embora seja uma síndrome pouco conhecida no Brasil, a incidência é grande, em cem pessoas, quatorze apresentam distorções ou/e desconforto na leitura.

A Dislexia de Leitura afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média .

A síndrome começa a ser percebida principalmente quando a criança entra na idade escolar e mostra algum comprometimento no seu processo de aquisição da leitura e da escrita.

E muitas não têm consciência das suas dificuldades e se consideram desajeitadas e incoordenadas sem se dar conta que estes problemas são parte aparente de uma dificuldade mais ampla.

As pessoas com Síndrome de Irlen consomem mais energia e esforço na leitura e outras atividades visuais porque captam de forma diferente podendo apresentar alguma falhas na percepção. A tentativa de corrigi-las pode causar fadiga, cansaço e desconforto, o que afetam a leitura, a nitidez, a compreensão, o desempenho e o tempo de concentração.

Quando não tratada repercute em toda a sua vida acadêmica e profissional. A identificação precoce e o incremento de estratégias apropriadas de aprendizado permitem a integração e o desenvolvimento dos talentos inatos de cada criança.

A Síndrome de Irlem não é diagnosticada em exames oftalmológicos de rotina, apenas com um teste específico aplicado por profissionais treinadas (screeners).

Chamada Síndrome de Irlen é caracterizada por sintomas de pressão nos olhos, dores de cabeça e distorção da imagem durante a leitura. Acredita-se que seja uma condição relacionada ao “stress” visual resultante da hiperexcitabilidade do córtex visual.

Alguns autores diferenciam esta síndrome dos demais problemas oculares como vícios de refração mal corrigidos (miopia, astigmatismo e hipermetropia), anormalidades da visão binocular (como microestrabismos, insuficiência de convergência, etc) e problemas da acomodação visual Evans.

A causa do problema ainda é mal estabelecida. Alguns trabalhos relacionam a Síndrome a um problema de hereditariedade e outros a uma disfunção do sistema imunológico provocada por alterações na taxa das gorduras sangüineas.

No século passado alguns autores chegaram a sugerir que esta síndrome fosse incluída no diagnóstico diferencial da Dislexia do Desenvolvimento. J.Learn.Disabil. 28 (1995) 216.

- Sintomas mais frequentes:
- Sensibilidade à luz (luz do sol, luzes fortes, luzes fluorescentes, faróis, iluminação das ruas)
- Estresse e Esforço (atividades visuais, audição, TV, cores)
- Matemática (erros de alinhamento, velocidade, exatidão/precisão)
- Distração (leitura, audição, trabalho, provas)
- Dores de cabeça
- Desempenho comprometido nos esportes com bola
- Acompanhamento de objetos em movimento
- Sonolência em viagens de carro ou ônibus
- Direção Noturna (não conseguir dirigir )
- Cansaço/Fadiga geral
- Cansaço durante o uso do computador,tv
- Audição “retardada”
- Baixa concentração no estudo e provas
- Leitura de Música
- Percepção de profundidade
- ADD (Distúrbio do Déficit de Atenção/HD (distúrbio de hiperatividade)
- Dores de estômago
- Explosões de comportamento
- Náusea/Tontura
- Dificuldade em seguir com os olhos
- Ansiedade
- Nervosismo
--Tem dificuldade em memorizar e compreender o que lê-

-Queixa de dores de cabeça, cansaço ou outros sintomas físicos quando está diante de algum texto- Omite ou “salta” palavras quando lê.

- Quando a luminosidade, o contraste, o tamanho da impressão, o trabalho e o esforço de compreensão afetam negativamente o desempenho na leitura, bem como na realização de outras tarefas (por se tratar de uma distorção visual).

-Por apresentarem problema com a luz branca, não conseguem ser produtivos quando expostos a ela, podendo ser considerados “preguiçosos” ou “displicentes” ou se sentirem incompetentes.
Outras Comorbidades

Essa síndrome pode ou não estar associada a outras dificuldades de aprendizagem tais como: Déficit de atenção e Hiperatividade, problemas comportamentais e emocionais, sensibilidade à luz (fotofobia), dislexia, certas condições visuais médicas, entre outras.


Diagnóstico

O diagnóstico é feito por profissionais devidamente capacitados e autorizados para tal avaliação. O método utilizado é a Escala Perceptual de Leitura Irlen (EPLI) que, identifica e avalia os níveis em que os indivíduos cuja vida acadêmica tem sido dificultada pela síndrome de Irlen e conscientiza o cliente de suas condições.

Quando a SI não é diagnosticada, os indivíduos podem ser vistos como tendo problema de comportamento, de atitude, emocional e motivação.



TRATAMENTO

O tratamento proposto para esta Sindrome foi a prescrição de filtros coloridos, quer na forma de óculos, quer na forma de folhas plásticas coloridas sobrepostas na folha de leitura, quer na forma de marcadores de texto coloridos.









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TEXTO 2:
DISLEXIA VISUAL ou DISLEXIA DE LEITURA ou SINDROME DE IRLEN
A desatenção e a falta de concentração são queixas comuns tanto no DDA (disturbio do déficit de atenção – com ou sem hiperatividade) quanto na dislexia de leitura.Em meninas é comum esta forma de apresentação do DDA (bem mais conhecido do que a dislexia visual).
Mas, alguns sinais e queixas visuais (espelhamento, fotofobia e falta de concentração, especialmente em relação à leitura) devem ser valorizados para excluir a dislexia visual antes de formalizar o diagnóstico de DDA (que também é de exclusão, não tem nenhum exame complementar que sozinho confirme o diagnostico: são necessários testes neuropsicológicos que avaliam a capacidade de memória e a cognição, entre outros aspectos, além da ressonância magnética encefálica c/SPECT e a eletroencefalografia com mapeamento cerebral)..
Creio que em dúvida, a criança deva ser avaliada por especialistas tanto em déficit de atenção quanto em dislexia visual. E se preciso for (dúvidas persistindo), o acompanhamento por ambos especialistas por um tempo maior fará a diferenciação após um determinado período de observação e acompanhamento. A precipitação diagnóstica não conduz a desfechos positivos no longo prazo.
Sendo ainda recente em nosso meio o diagnóstico e o tratamento da dislexia de leitura, as dificuldades enfrentadas por pais, educadores e crianças portadoras do distúrbio podem e devem ser minimizadas através de exaustiva investigação propedêutica.
A maioria de nós, oftalmologistas, não está familiarizado com a dislexia visual.
Apesar do exame rotineiro (acuidade visual, analise refratométrica, visão de cores, fundoscopia e biomicroscopia) não apresentar anormalidade digna de nota, as queixas trazidas pelos pais e cuidadores são muito pontuais para serem ignoradas.
O tratamento oftalmológico convencional (lentes corretoras de ametropias) não agrega valor terapêutico. Mas estratégias motoras (avaliação por ortoptista familiarizado com a síndrome disléxica), filtros e prismas podem melhorar muito a qualidade de vida das crianças portadoras da dislexia de leitura, conforme atestam especialistas habituados a lidar com as queixas oftalmológicas do distúrbio dislexico.
No Brasil núcleos criados por especialistas em Minas Gerais (oftalmologistas Ricardo e Márcia Guimarães) e Pernambuco (oftalmologista Liana Ventura),agregam profissionais de vários segmentos (ortóptica, psicologia, fonoaudiologia, psicomotricidade,etc).
Visitem o site: http://www.dislexiadeleitura.com.br/portal.php e se precisam de um profissional, consultem: http://dislexiadeleitura.com.br/cv-profissionais.php
fonte:





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TEXTO 3:
Distorção visual atrapalha aprendizado
Crianças com síndrome que afeta leitura podem ter mau desempenho na escola se o problema não for diagnosticado
ALEXANDRE DE MELO
A deficiência de aprendizado conhecida como Síndrome de Irlen ou Dislexia Perceptual de Leitura é um distúrbio oftalmológico. Ele causa distorções visuais que interferem no processamento de letras, números e símbolos. Pessoas com síndrome de Irlen se cansam facilmente durante a leitura e têm dificuldade de compreensão. Professores e pais costumam confundir esse problema com preguiça ou falta de interesse das crianças em idade escolar. Mas, em alguns casos, a dificuldade para aprender pode estar associada à síndrome.
Pessoas com a doença têm a sensação de que as letras pulsam, tremem, vibram, confluem ou desaparecem no papel (observe no quadro abaixo os tipos de distorção visual mais frequentes). Muitas se queixam, além da dificuldade para ler, de insegurança ao dirigir e ao praticar esportes. A doença é hereditária, embora pais e filhos possam apresentar distorção visual de intensidades diferentes. Os sintomas mais comuns são intolerância à luz, dificuldade para manter o foco, alteração na percepção de profundidade, dores de cabeça e irritação nos olhos. Muitas pessoas não têm consciência do problema porque os sintomas aparecem depois de 10 minutos de leitura, o que os leva a pensar que as distorções são naturais, resultado da concentração.
"No Enem, por exemplo, centenas de estudantes com síndrome de Irlen não identificada podem ter o desempenho prejudicado", afirma a oftalmologista Márcia Reis Guimarães, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Eles podem errar questões por não compreender o que está escrito e até se enganar na hora de passar as respostas no gabarito." A pedagoga Claúdia Maria Pereira, de 37 anos, começou a pesquisar sobre o síndrome depois que o filho Lucas Pereira, hoje com 12 anos, demonstrou dificuldades na escola. "O Lucas se queixava de cansaço para ler e dificuldade para compreender qualquer texto", afirma Claúdia. A pedagoga procurou a Fundação Hospital dos Olhos da UFMG, referência nos estudos de síndrome de Irlen no Brasil, e descobriu que também tinha o distúrbio. "Sempre me senti atrapalhada, caia de escadas, derrubava coisas", diz Claúdia.
Pessoas com a síndrome podem usar óculos com lentes coloridas, especialmente prescritas por oftalmologistas. Essas lentes corrigem as distorções visuais. Outra alternativa é usar transparências coloridas, também indicadas por um especialista, em cima do texto na hora de ler. "Os óculos são mais adequados nos casos mais severos, quando a qualidade de vida e os estudos estão comprometidos pela síndrome", afirma Márcia. "Em casos em que o grau de distorção é menor, usamos apenas as transparências."

fonte:
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